Aprovados em concurso denunciam 'farra das contratações' na Prefeitura de Caarapó; irmã de vereador e concunhado de filho da prefeita estão na lista
| REDAçãO/CAARAPONEWS
A “farra” das contratações temporárias de servidores prossegue na Prefeitura de Caarapó, até mesmo para funções permanentes no serviço público municipal, mesmo com concurso público vigente e uma longa fila de aprovados aguardando para serem chamados.
Essa semana a redação do CaarapoNews recebeu mais uma série de denúncias feitas por pessoas que aguardam na lista de espera e se revoltam a cada nova publicação em Diário Oficial, trazendo nomes de contratados temporariamente ou aditivando contratos de quem já estava contratado, sem concurso ou processo seletivo.
Alguns desses nomes chamam atenção, pois trata-se de parente de vereador ou até mesmo de pessoas ligadas a prefeita Maria de Lurdes Portugal (PL). Um dos casos é de Ana Tozzi da Silva, contratada como Ajudante de Serviço, vaga de concurso, com data de issão do último dia 5 desse mês. Ela é irmã do vereador Nado Tozzi e estaria trabalhando no PAM.
Outro nome enviado para redação é do médico Murilo Giurizatto Rodrigues, que teve seu contrato aditivado até 25/09, com salário de R$ 24.149,21 (vinte e quatro mil, cento e quarenta e nove reais e vinte e um centavos), mensalmente, sem ter feito processo seletivo ou ado em concurso público, “além de esse ser o seu primeiro emprego no setor público, ou seja, com pouca experiência. Mas ele é concunhado do filho da prefeita Lurdes, só isso explica”, diz a denuncia encaminhada ao CaarapoNews, que foi checada por nossa redação, e confirmada a veracidade.
Além desses dois casos, que podem configurar nomeações políticas e nepotismo cruzado, em cargos de funções permanentes, outras dezenas de contratações diretas foram publicadas essa semana no Diário Oficial da Assomasul.
- Lucas Henrique Bento Barbosa, para função de arquiteto, com salário de R$ 9.165,99 (Nove mil, cento e sessenta e cinco reais e noventa e nove centavos), mensalmente.
- Caroline Oliveira Amarilha, para função de enfermeira, com salário de R$ 6.310,66 (seis mil, trezentos e dez reais e sessenta e seis centavos), mensalmente.
- Silvana Picolo Vasconcelos, para função de Agente Comunitário de Saúde, com salário de R$ 2.824,00 (dois mil oitocentos e vinte e quatro reais), mensalmente.
- Maria Aparecida Loureiro de Mello, função de Assistente istrativo, com salário de R$ 2.919,55 (dois mil novecentos e dezenove reais e cinquenta e cinco centavos), mensalmente.
- Sueli Dias dos Santos, na função de Técnica em Saúde Bucal, com salário de R$ 2.085,14 (dois mil oitenta e cinco reais e quatorze centavos), mensalmente.
-Amanda dos Santos Mattos, na função de Agente istrativo, com salário de R$ 2.919,55 (Dois mil novecentos e dezenove reais e cinquenta e cinco centavos), mensalmente.
- Larissa Almeida Biagi, na função de agente istrativo, com salário de R$ 2.919,55 (dois mil novecentos e dezenove reais e cinquenta e cinco centavos), mensalmente.
Outros nomes também estão sendo chamados para Educação, sem Concurso ou Processo Seletivo - prática considerada ilegal para funções permanentes.
Contratações irregulares - Nesta sexta-feira (30), o Ministério Público de Mato Grosso do Sul recomendou à Prefeitura de Cassilândia que suspenda imediatamente as contratações temporárias de servidores para funções permanentes no serviço público municipal. A orientação consta na recomendação, expedida pela 1ª Promotoria de Justiça da comarca, com base em decisão judicial já vigente. Os casos ocorridos naquele município são similares aos que estão ocorrendo em Caarapó e podem culminar com a mesma medida.