Estratégia de Reinaldo e Riedel vai enxugar o número de partidos em MS
| INVESTIGAMS/WENDELL REIS
Líderes da maioria dos deputados de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) contribuirão para uma redução significativa dos partidos em Mato Grosso do Sul.
A estratégia de Reinaldo e Riedel deve reduzir para no máximo quatro o número de partidos do grupo político. Hoje, estão na lista de prioridades o PP e PL, com possibilidade de ampliação para a federação entre Republicanos, MDB e PSD.
No momento, considerando as eleições adas e o potencial de candidatos, a eleição do próximo ano pode ter, no máximo, sete partidos com possibilidade de eleger deputados estaduais.
Do grupo de Reinaldo e Riedel, deve sair MDB/Republicanos (se confirmada a federação); PL; PP/União; e PSD. Na conta enxugada de Riedel e Reinaldo, o próprio PSDB/Podemos pode desaparecer, por falta de deputados.
Riedel e Reinaldo prometeram ficar até 5 de junho, mas a saída já é quase certa. Há possibilidade de alguns ficarem, mas dependerá da boa vontade do grupo tucano.
Hoje, o Podemos é mais próximo de Riedel, que acompanha o partido de perto. A senadora Soraya Thronicke (Podemos) comanda e tem Pedro Caravina (PSDB) como parceiro.
Fora do grupo tucano, o Partido dos Trabalhadores tem maior chance. O partido tem três deputados estaduais e dois federais, além do histórico de eleger deputados no Estado.
O PDT não estará no grupo de Riedel, mas tem chance de eleger um deputado pela força do vereador Marquinhos Trad, mais votado na última eleição em Campo Grande.
Na última eleição, 25 partidos concorreram para vagas de deputado estadual em Mato Grosso do Sul. O número foi grande por conta da quantidade de candidatos a governador (oito no total).
Desta vez, o número de candidatos a governador deve ser bem menor e partidos que elegeram deputados na eleição ada podem desaparecer. É o caso do PSB, onde suas lideranças devem trocar de sigla, e PRTB, que contou com a candidatura de Contar ao Governo do Estado.
Cláusula de barreira
A redução faz parte da ofensiva iniciada em 2018, com a cláusula de barreiras que cortou em 30% o número de siglas.
Até 2030, os partidos terão que obter ao menos 3% dos votos válidos nacionais para deputado federal, distribuídos de forma uniforme em pelo menos nove estados, ou elegerem 15 deputados federais, também distribuídos em pelo menos um terço das unidades da federação.
Na última eleição, seis partidos elegeram deputados, mas sem o número mínimo de votos no País e ficaram sem fundo partidário e tempo na propaganda:
Outros nove partidos não conseguiram eleger deputados federais e também estão sem tempo e dinheiro para campanha.